terça-feira, 25 de outubro de 2011

COMO FICA O OUTRO SE EU PENSAR SÓ EM MIM?






COMO FICA O OUTRO SE EU PENSAR SÓ EM MIM?
1ª edição/2011-2

Uma das maiores dificuldades presentes nos relacionamentos humanos é a falta de habilidade em compreender e tratar com outras pessoas. Muitas pessoas não sabem ouvir, interrompem os outros, são agressivas, gostam de impor suas idéias, não compreendem as pessoas além de seu ângulo de visão.





A compreensão dos outros é um dos aspectos mais importantes das relações humanas. A aptidão de compreender o que os outros pensam e sentem chama-se empatia. O termo foi usado pela primeira vez no início do século XX, pelo filósofo alemão Theodor Lipps (1851-1914), "para indicar a relação entre o artista e o espectador que projeta a si mesmo na obra de arte." Na psicologia e nas neurociências contemporâneas a empatia é uma "espécie de inteligência emocional" e pode ser dividida em dois tipos: a cognitiva - relacionada à capacidade de compreender a perspectiva psicológica das outras pessoas; e a afetiva - relacionada à habilidade de experimentar reações emocionais por meio da observação da experiência alheia.

QUAIS PESQUISAS? Pesquisas indicam que a empatia tem uma resposta humana universal, comprovada fisiologicamente. Dessa forma a empatia pode ser tomada como causa do comportamento altruísta, uma vez que predispõe o indivíduo a tomar atitudes altruístas, segundo pesquisas do psicólogo italiano Salvatore M. Aglioti.



A habilidade em compreender os outros e a si próprio pode ser aperfeiçoada criando maior traquejo interpessoal. Atualmente com o despontar da tese científica da Inteligência Emocional, o psicólogo norte americano Daniel Goleman (1995) afirma que o controle das emoções é fator essencial para o desenvolvimento intelectual do indivíduo. Nessa tese ele aborda a importância da empatia: “todo relacionamento, raiz do envolvimento, vem da sintonia emocional, da capacidade de empatia”.

Para exercitar a empatia é necessário compreender as peculiaridades de cada um. Deve haver flexibilidade de comportamento. As reações não podem ser uniformes. Deve-se ter um repertório de condutas que varie conforme a situação e pessoa. A flexibilidade de comportamento está relacionada ao desenvolvimento de uma vasta gama de respostas a um dado estímulo, em oposição às respostas habituais, e conseqüentemente limitadas, que inibem o desempenho potencial.

As formas como reagimos a cada tipo de situação ou pessoa em geral se tornam intensamente condicionadas (programadas) através da repetição. O condicionamento, por um lado, é positivo porque nos permite agir automaticamente (você não precisa pensar demoradamente sobre o que fazer quando um pedestre cruza a rua bem na frente do seu carro). Em outras situações, é negativo porque deixamos de experimentar novas possibilidades.

Para maior flexibilidade é necessário considerar os sistemas de
conhecimento fomos educados nos faz acreditar em certos princípios e tê-los como certos e absolutos. Flexibilidade não significa a perda da identidade cultural e social. Compreender as diferenças culturais, a complexidade de crenças, por exemplo, é essencial para melhor convívio. Como ensinavam os antigos sábios taoístas, ser flexível é ser como um bambu que não quebra contra o vento. Apesar de toda a sua altura, o bambu chinês é capaz de curvar-se até o chão diante de um vendaval. No entanto, tão logo cesse o vento, ele se reergue e volta a ser majestoso como sempre. Para ensinar esta qualidade, os antigos iniciados celtas também usavam como exemplo o instinto da tarântula ao tecer sua teiaque impregnam e condicionam nossas formas de pensar. Muitas vezes a forma como fomos educados nos faz acreditar em certos princípios e tê-los como certos e absolutos. Flexibilidade não significa a perda da identidade cultural e social. Compreender as diferenças culturais, a complexidade de crenças, por exemplo, é essencial para melhor convívio.
Como ensinavam os antigos sábios taoístas, ser flexível é ser como um bambu que não quebra contra o vento. Apesar de toda a sua altura, o bambu chinês é capaz de curvar-se até o chão diante de um vendaval. No entanto, tão logo cesse o vento, ele se reergue e volta a ser majestoso como sempre. Para ensinar esta qualidade, os antigos iniciados celtas também usavam como exemplo o instinto da tarântula ao tecer sua teia. Esta aranha prende as pontas de sua teia em pequenas plantas ou em ramos flexíveis. Dessa forma, quando o vento sopra contra, sua teia não se rompe, pois sua base não é rígida. Na flexibilidade de suas bases está a firmeza.

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O exercício da empatia, a flexibilidade de comportamentos e a ampliação do repertório de condutas contribuem

para maior eficiência nos relacionamentos interpessoais e na compreensão pessoal. Haverá mais condições de interpretar os outros pelo que são e não pelo que desejaríamos que fossem.

Não só para os psicólogos, mas para as pessoas em geral é fundamental conhecer a si próprio para melhorar suas relações interpessoais. Esta "pesquisa interior" nada mais é que avaliar-se diante de várias situações, com objetivo de observar seu comportamento perante dificuldades e atritos. Este tipo de "pesquisa interior" facilita na vida de um psicólogo, já tendo um conhecimento imediato das causas que levam os seres a reagiram "daquela" forma "naquele" momento.


Podemos obter um melhor conhecimento dos outros através da avaliação de dois pontos muito importantes para a relação interpessoal:

• Compreender melhor como eu sou;
• Compreender o outro.

De forma que isto possibilite um melhor conhecimento grupal. A partir destes tópicos bem estudados, você pode passar a ter uma melhor convivência com todos ao seu redor.

Em razão destes dois pontos expostos anteriormente, a dificuldade de percepção correta do outro se afirma que, saber perceber é considerado uma arte. Para que o outro seja percebido de forma clara, sem rótulos ou pré-conceitos, essa capacidade demanda conhecimento, treinamento e prática, portanto não é inata.

Quando exageramos nossa percepção de outras pessoas, seja elaagradável ou desagradável e não acreditamos que elas possam ter um comportamento diferente daquele com o qual a batizamos acabamos julgando-as. Na Psicologia chamamos esse comportamento de efeito halo.

Quando você se põe na posição de perceber, acaba deixando de lado o julgamento. Pois você utiliza apenas critérios avaliativos e deixa de julgar. Esse método de perceber o outro para um Psicólogo é extremamente essencial, para que você não se envolva no caso de forma que isso acabe afetando o rendimento do atendimento, e não passe a ser algo negativo para a relação: Paciente Psicólogo.

Para o psicólogo realizar seu trabalho ele precisa ter melhor conhecimento de si próprio parater uma melhor compreensão dos outros, diferenciando a percepção do julgamento, assim desenvolvendo sua habilidade social.







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Beatrys
Débora
Janaíne
Michele
Shirlene

Bibliografia: MINICUCCI, A. A arte da comunicação. In: MINICUCCI, A. Relações humanas: Psicologia das relações interpessoais. 6ª. ed. São Paulo: Atlas, 2001, pp. 48-68.

• Competência social e empatia: um estudo sobre resiliência com crianças em situação de pobreza

Alessandra Marques Cecconello e Sílvia Helena Koller1 – Universidade Federal RS

http://www.golfinho.com.br/dicas/glossario.htm Glossário de termos de PNL
https://wwws.universeg.com.br/universeg/flexibilidade_princ2.asp Flexibilidade: a arte de viver
http://www.sociuslogia.com/artigos/barreira01.htm barreiras à comunicação humana
•http://site.suamente.com.br/flexibilidade-de-comportamento sua mente – teu cérebro é nosso foco

A EMPATIA NO RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO: UM INSTRUMENTO DO CUIDADO

a Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina.

1 Professora do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná. Mestra em Assistência de Enfermagem. Doutoranda em Filosofia
2 Professora do Departamento de Enfermagem da UFSC. Mestra em Assitência de Enfermagem. Doutoranda em Filosofia da Enfermagem pela UFSC. // Telma Eliza, Vera Radünz


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